Mas a festa até foi bem animada...muitos portugueses, mas também brasileiros, árabes e outros curiosos!
A nós, por termos a sorte de ter amigos que trabalham na rádio, ofereceram-nos farturas, depois das entrevistas para o programa de rádio.
Um blog tipo diário de bordo, mas não diário porque não vou ter muita paciência para escrever todos os dias. De qualquer forma servirá para relatar os melhores momentos.
Isto Dizem que finjo ou minto Tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto Com a imaginação. Não uso o coração. Tudo o que sonho ou passo, O que me falha ou finda, É como que um terraço Sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda. Por isso escrevo em meio Do que não está de pé, Livre do meu enleio, Sério do que não é. Sentir? Sinta quem lê! Fernando Pessoa
Para sentir em pensar. Meu coração faz sorrir Meu coração a chorar. Depois de parar de andar, Depois de ficar e ir, Hei de ser quem vai chegar Para ser quem quer partir.
Viver é não conseguir.
Fernando Pessoa
Tudo quanto penso, Tudo quanto sou É um deserto imenso Onde nem eu estou.
Extensão parada Sem nada a estar ali, Areia peneirada Vou dar-lhe a ferroada Da vida que vivi.
Que língua estrangeira é esta
que me roça a flor do ouvido,
um vozear sem sentido
que nenhum sentido empresta?
Sussuro de vago tom,
reminiscência de esfinge,
voz que se julga, ou se finge
sentindo, e é apenas som.
Contracenamos por gestos,
por sorrisos, por olhares,
rodeios protocolares,
cumprimentos indigestos,
firmes aperto de mão,
passeiso de braço dado,
mas por som articulado,
por palavras, isso não.
Antes morrer atolado
na mais negra solidão.
António Gedeão